segunda-feira, 26 de maio de 2008

A LUSA falou com Manuela Magno

Dias 1, 2 e 3
Dois movimentos apelam ao boicote ao consumo de combustíveis no início de Junho

26.05.2008 - 12h53 Lusa

O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de dois boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas.

Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem gasolina nos postos de combustível da Galp, BP e Repsol nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês.

“Vamos fazer a diferença!”, “Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes”, diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas. Os autores deste apelo sugerem a utilização de bombas de outras marcas, em alternativa àquelas três.

A ex-candidata presidencial Manuela Magno é autora de um outro boicote, mas total, apelando que nos três primeiros dias de Junho não seja feito qualquer abastecimento de combustível, seja qual for o posto.

Este pedido circula na Internet, mas também através de mensagens de telemóvel, disse à Lusa Manuela Magno, envolvida no processo de criação do Partido Respublica e Cidadania.

Falta de explicação dos preços é “inaceitável”

Manuela Magno explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp.

Na opinião desta activista, “seria já muito importante e muito significativo” se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem em média os 50 por cento por dia.

“Há razões para [as pessoas] aderirem maciçamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço”, disse.

A ex-candidata presidencial lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de “piquetes” informativos junto dos postos de combustível.

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