Sendo uma optimista incurável, agradeço ao Miguel Poiares Maduro as suas certeiras palavras (in Diário de Notícias 2005):
"Ser optimista dá mais trabalho. Significa reconhecer que temos algum controlo sobre a vida e exige que estejamos dispostos a investir na nossa capacidade de nos transformamos e a transformarmos. Mas isso co-responsabiliza-nos. Somos co-autores da vida e não apenas os seus destinatários. É mais fácil ser pessimista e escondermo-nos no cinismo.
O cinismo inerente a uma filosofia pessimista dá-nos uma posição confortável perante a vida. Podemos olhar o mundo de cima para baixo e ser sarcásticos com o «engano» dos outros. Talvez seja por isso que hoje em dia se encontrem muitos mais cínicos que optimistas.
Na verdade, uma filosofia pessimista conduz ainda mais seguramente a um cepticismo imobilista. Para os pessimistas, mesmo o que a vida nos pode dar de bom é seguramente transformado em mau pela natureza humana. O que identifica um pessimista é o seu cepticismo face à natureza humana."
domingo, 28 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
Libertem os Shministim
SHMINISTIM são jovens objectores de consciência israelitas que foram presos por se recusarem a servir no exército que ocupa os Territórios Palestinianos.
No dia 18 de Dezembro foi lançada a campanha global para a sua libertação.
Para mais informação e para enviar a petição ao Ministro da Defesa Israelita clicar aqui.
No dia 18 de Dezembro foi lançada a campanha global para a sua libertação.
Para mais informação e para enviar a petição ao Ministro da Defesa Israelita clicar aqui.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Manuela Magno convidada de Alexandre Honrado
Hoje, às 21h, Manuela Magno é a convidada de Alexandre Honrado no programa "Ao Fim do Dia".
Pode ouvir agora a emissão do Rádio Clube Português clique aqui.
Pode ouvir agora a emissão do Rádio Clube Português clique aqui.
Manuela Magno na Rádio Sorraia
A Rádio Sorraia, de Coruche, entrevistou Manuela Magno sobre a criação do Partido Respublica e Cidadania.
É possível ouvir nos noticiários das 8h, 11h, 13h e 16h, hoje e amanhã (dia 16) em 94.7FM ou através da Net em Rádio Sorraia
É possível ouvir nos noticiários das 8h, 11h, 13h e 16h, hoje e amanhã (dia 16) em 94.7FM ou através da Net em Rádio Sorraia
sábado, 13 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
António Alçada Baptista (1927-2008)
António Alçada Baptista, numa carta dirigida a Marcello Caetano, no ano de 1970, afirmou:
“Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há poucas”.
“Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há poucas”.
domingo, 30 de novembro de 2008
Dirigente da ADFA em geve de fome
O presidente da delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas, João Gonçalves, iniciou no dia 28 uma greve de fome em protesto contra os cortes nos direitos à saúde e na actualização de pensões, previstos no Orçamento do Estado (OE). "Que me matem já e acaba-se o sofrimento de vez, porque estou farto de sofrer toda a vida", disse à agência Lusa. O PS chumbou ontem no Parlamento duas propostas de alteração à lei de OE, apresentadas pelo CDS-PP e que defendiam a reposição da assistência médica e a actualização das pensões indexada ao salário mínimo nacional."
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
No dia 8 de Novembro fui à manifestação
O tempo é de luta e de afirmação inequívoca da não submissão à prepotência, arrogância e incompetência políticas da ministra da educação e do primeiro ministro.
No Surumbático de dia 9.11 pode ler-se:
"O PROBLEMA desta ministra da Educação, para além do óbvio autismo que a imobiliza e a suspende no tempo, é o seu profundo desprezo pelos professores, pelos sindicatos, pelos partidos políticos e pelo debate democrático. Em suma: por todos os que a contestam.
Quem a viu, ontem, nas televisões, a chispar ódio, a vomitar ressentimento e a destilar rancor por todos os poros, percebeu sem dificuldade que há nela algo de salazarento, como que um cheiro a bafio antidemocrático que nos faz recuar várias décadas, até ao tempo da outra senhora, em que prevalecia a ditadura do «quero, posso e mando»".
No Surumbático de dia 9.11 pode ler-se:
"O PROBLEMA desta ministra da Educação, para além do óbvio autismo que a imobiliza e a suspende no tempo, é o seu profundo desprezo pelos professores, pelos sindicatos, pelos partidos políticos e pelo debate democrático. Em suma: por todos os que a contestam.
Quem a viu, ontem, nas televisões, a chispar ódio, a vomitar ressentimento e a destilar rancor por todos os poros, percebeu sem dificuldade que há nela algo de salazarento, como que um cheiro a bafio antidemocrático que nos faz recuar várias décadas, até ao tempo da outra senhora, em que prevalecia a ditadura do «quero, posso e mando»".
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Dê os PARABÉNS a OBAMA
Junte-se aos cidadãos de todo o mundo assinando a mensagem de parabéns promovida pela AVAAZ.
Barack Obama será Presidente dos EUA
Em Lisboa, são 4h da manhã do dia 5 de Novembro de 2008.
Nos Estados Unidos da América festeja-se a eleição de Barack OBAMA para Presidente!
A eleição de OBAMA é a esperança personificada.
Manuel Magno - meu pai - que me ensinou a não ter medo e a lutar pelos meus ideais, faria hoje 97 anos.
Nos Estados Unidos da América festeja-se a eleição de Barack OBAMA para Presidente!
A eleição de OBAMA é a esperança personificada.
Manuel Magno - meu pai - que me ensinou a não ter medo e a lutar pelos meus ideais, faria hoje 97 anos.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Vote for the next USA president and make yourself heard!
Today I voted for the next USA president! It's great to make myself heard.
On November 4, 2008, the US selects a new president. What happens in this election affects the world. The new president will set the tone in world affairs for the coming four years. We are conducting a poll to see what the rest of the world thinks. Do you prefer the Democrat or the Republican? Select your country, language and vote. Thank you for your interest. After you have voted, you will see the world voting results.
Voteforpresident.org is an initiative of individuals interested in world affairs and the potential of the internet as a polling tool. The website is neutral regarding the candidates.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
A saúde em Portugal
"É preciso ter asas quando se ama o abismo." (Nietzsche)
Aceitei falar hoje "ao fim do dia" (23h no Rádio Clube Português) sobre a saúde em Portugal.
O Artigo 64º (Saúde) da Constituição da República Portuguesa estabelece
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos;
d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;
e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;
f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.
O portal do Ministério da Saúde contém uma breve história da organização dos serviços de saúde em Portugal.
Na secção "Criação do Serviço Nacional de Saúde" pode ler-se:
"Foi, no entanto, a partir de 1974 que a política de saúde em Portugal sofreu modificações radicais, tendo surgido condições políticas e sociais que permitiram, em 1979, a criação do SNS, através do qual o Estado assegura o direito à saúde (promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos.
O SNS envolve todos os cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação médica e social. Tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva. Goza de autonomia administrativa e financeira, estrutura-se numa organização descentralizada e desconcentrada, compreendendo órgãos de âmbito central, regional e local, e dispõe de serviços prestadores de cuidados de saúde primários e serviços prestadores de cuidados de saúde diferenciados. É apoiado por actividades de ensino que visam a formação e aperfeiçoamento dos profissionais de saúde."
A breve história termina com o seguinte parágrafo:
"A reforma continuada do sistema de saúde e, como consequência, a estruturação do SNS têm que ser encaradas como um processo de aperfeiçoamento constante por forma a acompanhar a evolução, necessidades e expectativas da sociedade."
As mais recentes alterações ao SNS - fecho de urgências, maternidades, postos de saúde - têm dificultado seriamente a proximidade dos cidadãos aos cuidados de saúde e NÃO TÊM TIDO EM CONTA as reais "expectativas da sociedade".
Sem o cumprimento do estabelecido na CRP quanto à "criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável", não haverá SNS que nos salve!
"É preciso ter asas quando se ama o abismo." (Nietzsche)
Aceitei falar hoje "ao fim do dia" (23h no Rádio Clube Português) sobre a saúde em Portugal.
O Artigo 64º (Saúde) da Constituição da República Portuguesa estabelece
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:
a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;
b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos;
d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;
e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;
f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.
O portal do Ministério da Saúde contém uma breve história da organização dos serviços de saúde em Portugal.
Na secção "Criação do Serviço Nacional de Saúde" pode ler-se:
"Foi, no entanto, a partir de 1974 que a política de saúde em Portugal sofreu modificações radicais, tendo surgido condições políticas e sociais que permitiram, em 1979, a criação do SNS, através do qual o Estado assegura o direito à saúde (promoção, prevenção e vigilância) a todos os cidadãos.
O SNS envolve todos os cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância da saúde, a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação médica e social. Tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva. Goza de autonomia administrativa e financeira, estrutura-se numa organização descentralizada e desconcentrada, compreendendo órgãos de âmbito central, regional e local, e dispõe de serviços prestadores de cuidados de saúde primários e serviços prestadores de cuidados de saúde diferenciados. É apoiado por actividades de ensino que visam a formação e aperfeiçoamento dos profissionais de saúde."
A breve história termina com o seguinte parágrafo:
"A reforma continuada do sistema de saúde e, como consequência, a estruturação do SNS têm que ser encaradas como um processo de aperfeiçoamento constante por forma a acompanhar a evolução, necessidades e expectativas da sociedade."
As mais recentes alterações ao SNS - fecho de urgências, maternidades, postos de saúde - têm dificultado seriamente a proximidade dos cidadãos aos cuidados de saúde e NÃO TÊM TIDO EM CONTA as reais "expectativas da sociedade".
Sem o cumprimento do estabelecido na CRP quanto à "criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável", não haverá SNS que nos salve!
"É preciso ter asas quando se ama o abismo." (Nietzsche)
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Crise Financeira Global: Vamos Agir!
Precisamos de uma solução urgente para consertar as falhas do sistema financeiro responsável pela crise actual. Os governos dos Estados Unidos e da Europa estão a cobrir o prejuízo das instituições financeiras com dinheiro público.
O sistema falhou, colocando a estabilidade económica de todo o mundo em risco.
Agora, a população global tem o direito e o dever de se manifestar. Participe na campanha da AVAAZ que será apresentada aos líderes europeus e ao Congresso dos Estados Unidos. Clique aqui para assinar a petição e fique a conhecer a organização internacional AVAAZ .
A Avaaz.org é uma rede de mobilização global com uma simples missão democrática: acabar com a brecha entre o mundo que nós temos, e o mundo que queremos.
“Avaaz” significa “voz” em várias línguas asiáticas, europeias e do Médio Oriente.
O sistema falhou, colocando a estabilidade económica de todo o mundo em risco.
Agora, a população global tem o direito e o dever de se manifestar. Participe na campanha da AVAAZ que será apresentada aos líderes europeus e ao Congresso dos Estados Unidos. Clique aqui para assinar a petição e fique a conhecer a organização internacional AVAAZ .
A Avaaz.org é uma rede de mobilização global com uma simples missão democrática: acabar com a brecha entre o mundo que nós temos, e o mundo que queremos.
“Avaaz” significa “voz” em várias línguas asiáticas, europeias e do Médio Oriente.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
"Água é de todos, não o negócio de alguns"
ENCONTRO NACIONAL
18 DE OUTUBRO, 14H
MUSEU DA ÁGUA - LISBOA (Rua do Alviela, 12, a Stª Apolónia)
A Associação Respublica e Cidadania vai estar presente.
domingo, 5 de outubro de 2008
5 de Outubro de 1143
Regulamentação Urgente!
Fernando Nobre, Presidente da AMI, considera que:
Três acontecimentos recentes (a crise bancária e dos mercados financeiros, o elevado e imparável aumento do preço dos combustíveis e o aumento do preço dos alimentos) vieram demonstrar de forma acutilante quanto vivemos num Mundo de Dependência Global, inevitável consequência da Sociedade Globalizada. Esses três “cavaleiros da ruína”, conduzidos essencialmente pela Especulação Desenfreada, só surpreenderam os incautos, os desinformados ou os distraídos. A solução para esses desvarios chama-se: Regulamentação Urgente!
(Ler artigo completo em Instituto da Democracia Portuguesa)
Três acontecimentos recentes (a crise bancária e dos mercados financeiros, o elevado e imparável aumento do preço dos combustíveis e o aumento do preço dos alimentos) vieram demonstrar de forma acutilante quanto vivemos num Mundo de Dependência Global, inevitável consequência da Sociedade Globalizada. Esses três “cavaleiros da ruína”, conduzidos essencialmente pela Especulação Desenfreada, só surpreenderam os incautos, os desinformados ou os distraídos. A solução para esses desvarios chama-se: Regulamentação Urgente!
(Ler artigo completo em Instituto da Democracia Portuguesa)
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O Voto dos Emigrantes
Artigo publicado no Blogue os Atlânticos por Vasco Campilho
Quem tem medo dos emigrantes?
"A diasporafobia atávica do PS voltou a atacar: esse partido que nasceu no exílio (a não confundir com essa ordinarice da emigração) por alguma razão sempre se opôs à inclusão dos emigrantes portugueses na comunidade nacional. Foi assim no voto para as legislativas, para as europeias, para as presidenciais: o PS colocou-se sempre do lado que levantava dificuldades ao exercício dos direitos de cidadania pelos portugueses emigrados.
Pensava eu, que várias vezes votei por correspondência, e cheguei a participar nas experiências de voto electrónico, que a tendência para o alargamento dos direitos de cidadania era uma inevitabilidade, também na emigração. Puro engano: com a proposta de obrigatoriedade do voto presencial apresentada no fim da sessão legislativa, o PS pretende à sorrelfa dificultar brutalmente a possibilidade de votar a milhares de cidadãos portugueses, de modo a transformar a eleição de quatro deputados num assunto caseiro, quase clandestino.
Como eu os compreendo: junta-se a fome à vontade de comer! Além do atávico desdém pelas comunidades emigrantes, há uma razão bem pragmática para perpetrar este atentado aos direitos democráticos: é que em 2009, 1 ou 2 deputados a mais ou a menos podem fazer a diferença. O traumatismo de 1999 ainda não foi esquecido, e desta vez é a doer.
Mas mesmo quando a luta aquece, há limites que não devemos ignorar: o direito de voto é um deles. A tristíssima figura que Alberto Martins fez ao tentar mascarar o intento do seu partido não produziu outro resultado senão associar indelevelmente o seu nome a esta ignomínia. Que lhe faça bom proveito."
Quem tem medo dos emigrantes?
"A diasporafobia atávica do PS voltou a atacar: esse partido que nasceu no exílio (a não confundir com essa ordinarice da emigração) por alguma razão sempre se opôs à inclusão dos emigrantes portugueses na comunidade nacional. Foi assim no voto para as legislativas, para as europeias, para as presidenciais: o PS colocou-se sempre do lado que levantava dificuldades ao exercício dos direitos de cidadania pelos portugueses emigrados.
Pensava eu, que várias vezes votei por correspondência, e cheguei a participar nas experiências de voto electrónico, que a tendência para o alargamento dos direitos de cidadania era uma inevitabilidade, também na emigração. Puro engano: com a proposta de obrigatoriedade do voto presencial apresentada no fim da sessão legislativa, o PS pretende à sorrelfa dificultar brutalmente a possibilidade de votar a milhares de cidadãos portugueses, de modo a transformar a eleição de quatro deputados num assunto caseiro, quase clandestino.
Como eu os compreendo: junta-se a fome à vontade de comer! Além do atávico desdém pelas comunidades emigrantes, há uma razão bem pragmática para perpetrar este atentado aos direitos democráticos: é que em 2009, 1 ou 2 deputados a mais ou a menos podem fazer a diferença. O traumatismo de 1999 ainda não foi esquecido, e desta vez é a doer.
Mas mesmo quando a luta aquece, há limites que não devemos ignorar: o direito de voto é um deles. A tristíssima figura que Alberto Martins fez ao tentar mascarar o intento do seu partido não produziu outro resultado senão associar indelevelmente o seu nome a esta ignomínia. Que lhe faça bom proveito."
quinta-feira, 10 de julho de 2008
A MINHA POLÍTICA É O TRABALHO!
Diário do Sul de 3 de Julho de 2008
CRÓNICAS AO CORRER DA PENA
Fernando Pinto
fernandopinto@netvisao.pt
“A minha política é o trabalho!” era uma frase típica do antes do 25 de Abril.
Significava-se com ela o desapego às questões políticas e sobretudo, a aparente “imunidade” a ventos que não fossem os soprados pelo governo da ditadura de então. Era o medo natural do protótipo do “bom português”, disciplinado, surdo a “amanhãs que cantavam”, amante de futebol mais que da própria mulher, e “pobrete mas alegrete”. Com o 25 de Abril, tudo mudou: quem não tivesse opinião política, quem não afirmasse “Eu cá no meu pensar acho que...”, não era bom português. Mais: não existia. E foi a festa da política, das diferentes opiniões, das ideologias e dos distintos futuros que se auguravam para o país. Até que veio a “normalização democrática” e o dialogo ideológico passou a ser mais difícil. Pressurosos, os partidos foram tomando conta da totalidade do discurso político e aos cidadãos ficou a insigne mas solitária tarefa de votar de quatro em quatro anos. E de só pensar em política, no máximo, em idênticos períodos. Para ajudar à festa, o Dr. Mário Soares declarou que metia o Socialismo na gaveta e a verdade é que se foi embora antes de a voltar a abrir e... até hoje. O socialismo de que se falava então era um novelo difícil de desenlear. Todos se diziam socialistas, dos democráticos-populares (do actual PSD) aos comunistas de todos os partidos, passando pelos socialistas do próprio PS e de outros partidos entretanto desaparecidos. À excepção do finado CDS, todos se declararam “a caminho do socialismo”. Na verdade, nunca se fez uma discussão aberta e plural do que seria esse socialismo de matriz portuguesa. “À Portuguesa”, dizia o meu amigo e colega Zé Fanha, era o cozido, mas eu penso que a aplicação de uma ideologia tem de se adaptar às características de um país, e país, aqui, significa localização geográfica, território, recursos, estádio de desenvolvimento e sobretudo, povo. A ideologia pode ser a mesma em vários paises, mas a sua aplicação terá de ser diferente e adaptada a cada realidade. Mas então, o Socialismo já se encontrava desactualizado porque tinha sido teorizado cem anos antes e entretanto, muita coisa havia mudado, sendo certo que, de alguma forma, evoluiu, quer nos países que o adoptaram como ideologia de estado, quer nos que o discutiram teóricamente. Mas a verdade é que os anos 60 vieram a dar-lhe uma machadada de morte, em termos de evolução teórica: a grande dissensão sino-soviética, a revelação das intolerâncias, das razias e das invasões stalinistas, as doutrinas da libertação e os socialismos libertários na América Latina, os movimentos libertadores da África e da Ásia e os diversos Maios de 68, para citar apenas alguns exemplos, vieram instalar o caos no “campo socialista”. Já não havia uma doutrina oficial e todos pretendiam ter razão. E todos discutiam. Logo de seguida, e para ultrapassar a situação (e o seu ponto mais agudo na Europa, as duas Alemanhas), imaginou-se a “realpolitik”, ou política pragmática. Pretendia (e executava) esta política que todos os estados se tratassem igualmente, independentemente da ideologia que perfilhassem, abandonando os estatutos de relação privilegiada entre estados da mesma tendência política. Assim, e para idêntico produto oferecido por dois países, um estado que praticasse a realpolitik preferiria o mais barato, independentemente do sistema do país que o proponha. Aparentemente, esta atitude parece correcta, mas não é mais que uma doutrina liberal que penaliza quem mais explora a força de trabalho em que se baseia, incluindo aqui a relação cambial. Se um produto tem muita mão-de-obra, quem paga menos a essa mão-de-obra aparece como mais competitivo, em detrimento de quem melhor remunera os seus trabalhadores, encorajando-se assim o capitalismo selvagem (privado ou de estado). É o que hoje acontece com os produtos chineses relativamente ao resto do Mundo. A ideologia foi desta forma perdendo a sua importância na relação entre estados e, com ela, a discussão do próprio socialismo enquanto meta a atingir foi definhando, não se renovando, perdendo frescura e não se actualizando. Surgiu assim a imagem estranha da discussão política sem ideologia. Depois, foi um pequeno passo até os partidos aceitarem esta “desideologização” das sociedades em que se inseriam. Pensavam eles assim adquirir o exclusivo da discussão política, deixando de ter de responder aos cidadãos conscientes do seu estatuto, e transformando o conjunto dos cidadãos em acefala “massa votante”. Mas a resultante, a prazo, revelou-se bastante frustrante para os cidadãos que, não se motivando para a discussão ideológica, também não se mobilizam para o voto político. E a abstenção subiu em flecha. Hoje, assistimos a discussões entre partidos sobre estratégias de desenvolvimento, sem sequer se preocuparem em nos explicar para que serve ou para onde nos leva esse mesmo desenvolvimento, por outras palavras, sem uma idéia (umaideologia) para que esse desenvolvimento deve servir. Hoje, assistimos aos partidos proclamarem ser por um “estado mais solidário” sem perceberem (ou darem a perceber) que isso é um eufemismo de socialismo asséptico, sem metas ou contornos definidos: simples declarações de intenções sem limites temporais nem formas de o atingir. Sem ideologia. Hoje, assistimos a proclamações de combates ao déficit, sem muito nos explicarem porque ocorreu ele, nem como realmente nos afecta. Hoje, assistimos à tomada de decisões sobre se iremos ter um TGV ou um mega aeroporto, sem muito bem nos explicarem em que é que essas infra-estruturas poderão vir a contribuir para a melhoria dos nossos níveis de vida e de felicidade, mas sabendo desde logo quem as irá pagar. Em resumo, ninguém nos propõe um modelo de sociedade, que o mesmo é dizer, ninguém nos propõe uma ideologia. Propõem-nos continuar a viver na sociedade em que estamos, sem grandes alterações, sendo os partidos existentes candidatos a fornecedores dos seus gestores.
Porque nenhum partido transporta consigo uma proposta diferente de sociedade, a discussão ideológica tornou-se impossível. A diferença entre partidos cifra-se na credibilidade, no discurso e na imagem dos seus principais candidatos, e não nas diferenças ideológicas, que já não existem. A consequente discussão dos cidadãos, quando existe é, portanto, ao nível da cosmética e do discurso imediato e inflamado dos políticos de serviço, mas sem conteúdo (sequer programático) de médio prazo: navega-se à vista. Os partidos tornaram-se numa espécie de agências de emprego para gestores e perderam a sua verdadeira, nobre e histórica função de sedes de poder e de agentes de transformação da sociedade. De vanguardas ideológicas. É por isso que é tão pouco importante saber em quem se vota e os cidadãos se vão distanciando da política. É por isso que é tão pouco importante votar e assim se dilatam os níveis de abstenção. É por isso que se ouve dizer “Entre os partidos que existem, venha o diabo e escolha!” e não votam. Mas o diabo também não vota e a abstenção sobe! Até um dia.
CRÓNICAS AO CORRER DA PENA
Fernando Pinto
fernandopinto@netvisao.pt
“A minha política é o trabalho!” era uma frase típica do antes do 25 de Abril.
Significava-se com ela o desapego às questões políticas e sobretudo, a aparente “imunidade” a ventos que não fossem os soprados pelo governo da ditadura de então. Era o medo natural do protótipo do “bom português”, disciplinado, surdo a “amanhãs que cantavam”, amante de futebol mais que da própria mulher, e “pobrete mas alegrete”. Com o 25 de Abril, tudo mudou: quem não tivesse opinião política, quem não afirmasse “Eu cá no meu pensar acho que...”, não era bom português. Mais: não existia. E foi a festa da política, das diferentes opiniões, das ideologias e dos distintos futuros que se auguravam para o país. Até que veio a “normalização democrática” e o dialogo ideológico passou a ser mais difícil. Pressurosos, os partidos foram tomando conta da totalidade do discurso político e aos cidadãos ficou a insigne mas solitária tarefa de votar de quatro em quatro anos. E de só pensar em política, no máximo, em idênticos períodos. Para ajudar à festa, o Dr. Mário Soares declarou que metia o Socialismo na gaveta e a verdade é que se foi embora antes de a voltar a abrir e... até hoje. O socialismo de que se falava então era um novelo difícil de desenlear. Todos se diziam socialistas, dos democráticos-populares (do actual PSD) aos comunistas de todos os partidos, passando pelos socialistas do próprio PS e de outros partidos entretanto desaparecidos. À excepção do finado CDS, todos se declararam “a caminho do socialismo”. Na verdade, nunca se fez uma discussão aberta e plural do que seria esse socialismo de matriz portuguesa. “À Portuguesa”, dizia o meu amigo e colega Zé Fanha, era o cozido, mas eu penso que a aplicação de uma ideologia tem de se adaptar às características de um país, e país, aqui, significa localização geográfica, território, recursos, estádio de desenvolvimento e sobretudo, povo. A ideologia pode ser a mesma em vários paises, mas a sua aplicação terá de ser diferente e adaptada a cada realidade. Mas então, o Socialismo já se encontrava desactualizado porque tinha sido teorizado cem anos antes e entretanto, muita coisa havia mudado, sendo certo que, de alguma forma, evoluiu, quer nos países que o adoptaram como ideologia de estado, quer nos que o discutiram teóricamente. Mas a verdade é que os anos 60 vieram a dar-lhe uma machadada de morte, em termos de evolução teórica: a grande dissensão sino-soviética, a revelação das intolerâncias, das razias e das invasões stalinistas, as doutrinas da libertação e os socialismos libertários na América Latina, os movimentos libertadores da África e da Ásia e os diversos Maios de 68, para citar apenas alguns exemplos, vieram instalar o caos no “campo socialista”. Já não havia uma doutrina oficial e todos pretendiam ter razão. E todos discutiam. Logo de seguida, e para ultrapassar a situação (e o seu ponto mais agudo na Europa, as duas Alemanhas), imaginou-se a “realpolitik”, ou política pragmática. Pretendia (e executava) esta política que todos os estados se tratassem igualmente, independentemente da ideologia que perfilhassem, abandonando os estatutos de relação privilegiada entre estados da mesma tendência política. Assim, e para idêntico produto oferecido por dois países, um estado que praticasse a realpolitik preferiria o mais barato, independentemente do sistema do país que o proponha. Aparentemente, esta atitude parece correcta, mas não é mais que uma doutrina liberal que penaliza quem mais explora a força de trabalho em que se baseia, incluindo aqui a relação cambial. Se um produto tem muita mão-de-obra, quem paga menos a essa mão-de-obra aparece como mais competitivo, em detrimento de quem melhor remunera os seus trabalhadores, encorajando-se assim o capitalismo selvagem (privado ou de estado). É o que hoje acontece com os produtos chineses relativamente ao resto do Mundo. A ideologia foi desta forma perdendo a sua importância na relação entre estados e, com ela, a discussão do próprio socialismo enquanto meta a atingir foi definhando, não se renovando, perdendo frescura e não se actualizando. Surgiu assim a imagem estranha da discussão política sem ideologia. Depois, foi um pequeno passo até os partidos aceitarem esta “desideologização” das sociedades em que se inseriam. Pensavam eles assim adquirir o exclusivo da discussão política, deixando de ter de responder aos cidadãos conscientes do seu estatuto, e transformando o conjunto dos cidadãos em acefala “massa votante”. Mas a resultante, a prazo, revelou-se bastante frustrante para os cidadãos que, não se motivando para a discussão ideológica, também não se mobilizam para o voto político. E a abstenção subiu em flecha. Hoje, assistimos a discussões entre partidos sobre estratégias de desenvolvimento, sem sequer se preocuparem em nos explicar para que serve ou para onde nos leva esse mesmo desenvolvimento, por outras palavras, sem uma idéia (umaideologia) para que esse desenvolvimento deve servir. Hoje, assistimos aos partidos proclamarem ser por um “estado mais solidário” sem perceberem (ou darem a perceber) que isso é um eufemismo de socialismo asséptico, sem metas ou contornos definidos: simples declarações de intenções sem limites temporais nem formas de o atingir. Sem ideologia. Hoje, assistimos a proclamações de combates ao déficit, sem muito nos explicarem porque ocorreu ele, nem como realmente nos afecta. Hoje, assistimos à tomada de decisões sobre se iremos ter um TGV ou um mega aeroporto, sem muito bem nos explicarem em que é que essas infra-estruturas poderão vir a contribuir para a melhoria dos nossos níveis de vida e de felicidade, mas sabendo desde logo quem as irá pagar. Em resumo, ninguém nos propõe um modelo de sociedade, que o mesmo é dizer, ninguém nos propõe uma ideologia. Propõem-nos continuar a viver na sociedade em que estamos, sem grandes alterações, sendo os partidos existentes candidatos a fornecedores dos seus gestores.
Porque nenhum partido transporta consigo uma proposta diferente de sociedade, a discussão ideológica tornou-se impossível. A diferença entre partidos cifra-se na credibilidade, no discurso e na imagem dos seus principais candidatos, e não nas diferenças ideológicas, que já não existem. A consequente discussão dos cidadãos, quando existe é, portanto, ao nível da cosmética e do discurso imediato e inflamado dos políticos de serviço, mas sem conteúdo (sequer programático) de médio prazo: navega-se à vista. Os partidos tornaram-se numa espécie de agências de emprego para gestores e perderam a sua verdadeira, nobre e histórica função de sedes de poder e de agentes de transformação da sociedade. De vanguardas ideológicas. É por isso que é tão pouco importante saber em quem se vota e os cidadãos se vão distanciando da política. É por isso que é tão pouco importante votar e assim se dilatam os níveis de abstenção. É por isso que se ouve dizer “Entre os partidos que existem, venha o diabo e escolha!” e não votam. Mas o diabo também não vota e a abstenção sobe! Até um dia.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
TRANSPARENTE COMO A ÁGUA!!!
Artigo de Nuno Miguel Silva no Diário Económico de dia 4 de Julho de 2008
Tribunal arrasa gestão da Águas de Portugal (LER RELATÓRIO)
Lucros empolados, explorações ilegais e prémios sem critério para trabalhadores.
O Tribunal de Contas (TC) acusa: “O grupo AdP [Águas de Portugal] foi utilizado como instrumento da política externa do Governo português, tendo sido incentivada a sua expansão pelos mercados onde o Governo desenvolvia acções de cooperação”. Segundo a instituição presidida por Guilherme d’Oliveira Martins, “esta decisão teve fortes impactos negativos para o grupo empresarial traduzidos num sistemático esforço de financiamento e num acumular de resultados económico-financeiros acentuadamente negativos”.
De acordo com a auditoria do TC ao grupo AdP, incidindo nos exercícios de 2003 a 2006, só em 2005 e em 2006 a unidade de negócios internacional da Águas de Portugal registou prejuízos acumulados de 61,4 milhões de euros, tendo sido esta a unidade que mais agravou a situação financeira do grupo liderado por Pedro Cunha Serra desde meados de 2005.
No exercício do contraditório, o presidente da AdP reconhece a situação deficitária da área internacional, mas relembra que desde que iniciou o mandato prosseguiu uma política de alienação dos negócios fora de Portugal, como foram os casos no Brasil, vendidas em 2007, e da redução da posição em Cabo Verde. O TC adverte, contudo, que “esta operação traduziu-se num prejuízo contabilístico de 72,3 milhões”.
Pedro Serra adianta, em resposta às conclusões da auditoria, que está em curso o processo de encerramento da unidade de Timor Leste. Mesmo assim, a AdP mantém ainda uma concessão em Moçambique e contratos de prestação de serviços em Angola e na Argélia. A política de internacionalização da AdP foi iniciada no final da década de 90 do século passado, quando foi seu presidente, entre 1996 e 2002, o actual ministro das Obras Públicas, Mário Lino. A auditoria revela ainda que “nove empresas do grupo AdP procediam, em Dezembro de 2007, à captação de água em 72 locais diferentes sem estarem legalmente autorizadas para o efeito”.
Tribunal arrasa gestão da Águas de Portugal (LER RELATÓRIO)
Lucros empolados, explorações ilegais e prémios sem critério para trabalhadores.
O Tribunal de Contas (TC) acusa: “O grupo AdP [Águas de Portugal] foi utilizado como instrumento da política externa do Governo português, tendo sido incentivada a sua expansão pelos mercados onde o Governo desenvolvia acções de cooperação”. Segundo a instituição presidida por Guilherme d’Oliveira Martins, “esta decisão teve fortes impactos negativos para o grupo empresarial traduzidos num sistemático esforço de financiamento e num acumular de resultados económico-financeiros acentuadamente negativos”.
De acordo com a auditoria do TC ao grupo AdP, incidindo nos exercícios de 2003 a 2006, só em 2005 e em 2006 a unidade de negócios internacional da Águas de Portugal registou prejuízos acumulados de 61,4 milhões de euros, tendo sido esta a unidade que mais agravou a situação financeira do grupo liderado por Pedro Cunha Serra desde meados de 2005.
No exercício do contraditório, o presidente da AdP reconhece a situação deficitária da área internacional, mas relembra que desde que iniciou o mandato prosseguiu uma política de alienação dos negócios fora de Portugal, como foram os casos no Brasil, vendidas em 2007, e da redução da posição em Cabo Verde. O TC adverte, contudo, que “esta operação traduziu-se num prejuízo contabilístico de 72,3 milhões”.
Pedro Serra adianta, em resposta às conclusões da auditoria, que está em curso o processo de encerramento da unidade de Timor Leste. Mesmo assim, a AdP mantém ainda uma concessão em Moçambique e contratos de prestação de serviços em Angola e na Argélia. A política de internacionalização da AdP foi iniciada no final da década de 90 do século passado, quando foi seu presidente, entre 1996 e 2002, o actual ministro das Obras Públicas, Mário Lino. A auditoria revela ainda que “nove empresas do grupo AdP procediam, em Dezembro de 2007, à captação de água em 72 locais diferentes sem estarem legalmente autorizadas para o efeito”.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
A IRLANDA DISSE NÃO
Os cidadãos irlandeses responderam NÃO à ratificação do Tratado de Lisboa!
A cobardia e a arrogância que ditaram a não realização de um referendo em Portugal não venceram!
A cobardia e a arrogância que ditaram a não realização de um referendo em Portugal não venceram!
sexta-feira, 6 de junho de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
CONTRA A RESIGNAÇÃO
E PELA TRANSPARÊNCIA NOS PREÇOS!!!
BOICOTE TOTAL NOS DIAS 1, 2 E 3 DE JUNHO.
NÃO ABASTEÇA EM NENHUM POSTO!
BOICOTE TOTAL NOS DIAS 1, 2 E 3 DE JUNHO.
NÃO ABASTEÇA EM NENHUM POSTO!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Declaração Universal dos Direitos Humanos-60º aniversário
Em 1948, foi dito na Declaração Universal dos Direitos Humanos que todos os seres humanos têm o direito à vida, à liberdade e à segurança. O ano passado, porém, 1252 pessoas foram executadas pelos seus próprios governos, em 24 países. Ainda há pessoas torturadas em 81 países e julgamentos injustos em mais de 50.
PIQUETES NOS DIAS DE BOICOTE
PUBLICADO NO CORREIO DA MANHÃ
A ex-candidata presidencial Manuela Magno está a desenvolver esforços para que nos dias 1, 2 e 3 de Junho, para os quais está a ser divulgado um boicote ao abastecimento de combustível, haja nos postos piquetes para informar os consumidores.
"As pessoas estão revoltadas com os aumentos e é importante ter alguém a explicar o porquê de não abastecer naqueles dias", disse ao CM a professora universitária. "Só se a adesão for em massa terá repercussões junto das petrolíferas", acrescentou.
SEJA UM DOS VOLUNTÁRIOS NO DIA 2 DE JUNHO.
ENTRE EM CONTACTO CONNOSCO!
A ex-candidata presidencial Manuela Magno está a desenvolver esforços para que nos dias 1, 2 e 3 de Junho, para os quais está a ser divulgado um boicote ao abastecimento de combustível, haja nos postos piquetes para informar os consumidores.
"As pessoas estão revoltadas com os aumentos e é importante ter alguém a explicar o porquê de não abastecer naqueles dias", disse ao CM a professora universitária. "Só se a adesão for em massa terá repercussões junto das petrolíferas", acrescentou.
SEJA UM DOS VOLUNTÁRIOS NO DIA 2 DE JUNHO.
ENTRE EM CONTACTO CONNOSCO!
terça-feira, 27 de maio de 2008
APELO
A acção conjunta dos consumidores pode fazer baixar os preços dos combustíveis!
Publicado exactamente há 4 anos!!!
Publicado exactamente há 4 anos!!!
Boicotes agendados para Junho
Publicado no dia 27 de Maio de 2008, no NOTÍCIAS DA MANHÃ
Boicotes agendados para Junho:
O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas. Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem combustível nos postos da Galp, BP e Repsol nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês. “Vamos fazer a diferença!”, “Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes”, diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas que dominam quase todo o mercado nacional. Os autores deste apelo sugerem a utilização de combustíveis de outras gasolineiras.
Um outro pedido de boicote é promovido pela ex-candidata presidencial Manuela Magno, que apela a todos para não colocarem combustível nos primeiros três dias de Junho... mas em qualquer posto. A professora universitária e líder do Partido Respublica e Cidadania (força política que, neste momento, está a recolher assinaturas com vista a poder ser oficializada pelo Tribunal Constitucional) explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp. Na opinião de Manuela Magno, “seria já muito importante e muito significativo” se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem, em média, os 50 por cento por dia. “Há razões para [as pessoas] aderirem massivamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço”, disse a líder do PRC, ao mesmo tempo que lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de «piquetes» informativos junto dos postos de combustível.
Embora não esteja a promover qualquer boicote em particular, o Partido da Nova Democracia emitiu também um comunicado, onde “incentiva os portugueses a exercerem o seu direito à indignação. Buzinando, fazendo marchas lentas, não consumindo combustível vendido pelas companhias que mais aumentos fazem, fazendo associações para em nosso nome apresentarem acções judiciais contra as empresas, e respectivos administradores, que não respeitam as leis de mercado”. “A Nova Democracia está disponível para se juntar a todas as acções legítimas, que surjam para defender a dignidade dos cidadãos. E está disponível para as promover”, frisa ainda o comunicado, que lança ainda um repto: “A resignação e o silêncio perante o que se passa em Portugal só será possível se os portugueses tiverem nascido para serem escravos ou cidadãos de terceira categoria”
Boicotes agendados para Junho:
O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas. Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem combustível nos postos da Galp, BP e Repsol nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês. “Vamos fazer a diferença!”, “Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes”, diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas que dominam quase todo o mercado nacional. Os autores deste apelo sugerem a utilização de combustíveis de outras gasolineiras.
Um outro pedido de boicote é promovido pela ex-candidata presidencial Manuela Magno, que apela a todos para não colocarem combustível nos primeiros três dias de Junho... mas em qualquer posto. A professora universitária e líder do Partido Respublica e Cidadania (força política que, neste momento, está a recolher assinaturas com vista a poder ser oficializada pelo Tribunal Constitucional) explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp. Na opinião de Manuela Magno, “seria já muito importante e muito significativo” se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem, em média, os 50 por cento por dia. “Há razões para [as pessoas] aderirem massivamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço”, disse a líder do PRC, ao mesmo tempo que lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de «piquetes» informativos junto dos postos de combustível.
Embora não esteja a promover qualquer boicote em particular, o Partido da Nova Democracia emitiu também um comunicado, onde “incentiva os portugueses a exercerem o seu direito à indignação. Buzinando, fazendo marchas lentas, não consumindo combustível vendido pelas companhias que mais aumentos fazem, fazendo associações para em nosso nome apresentarem acções judiciais contra as empresas, e respectivos administradores, que não respeitam as leis de mercado”. “A Nova Democracia está disponível para se juntar a todas as acções legítimas, que surjam para defender a dignidade dos cidadãos. E está disponível para as promover”, frisa ainda o comunicado, que lança ainda um repto: “A resignação e o silêncio perante o que se passa em Portugal só será possível se os portugueses tiverem nascido para serem escravos ou cidadãos de terceira categoria”
segunda-feira, 26 de maio de 2008
A LUSA falou com Manuela Magno
Dias 1, 2 e 3
Dois movimentos apelam ao boicote ao consumo de combustíveis no início de Junho
26.05.2008 - 12h53 Lusa
O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de dois boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas.
Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem gasolina nos postos de combustível da Galp, BP e Repsol nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês.
“Vamos fazer a diferença!”, “Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes”, diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas. Os autores deste apelo sugerem a utilização de bombas de outras marcas, em alternativa àquelas três.
A ex-candidata presidencial Manuela Magno é autora de um outro boicote, mas total, apelando que nos três primeiros dias de Junho não seja feito qualquer abastecimento de combustível, seja qual for o posto.
Este pedido circula na Internet, mas também através de mensagens de telemóvel, disse à Lusa Manuela Magno, envolvida no processo de criação do Partido Respublica e Cidadania.
Falta de explicação dos preços é “inaceitável”
Manuela Magno explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp.
Na opinião desta activista, “seria já muito importante e muito significativo” se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem em média os 50 por cento por dia.
“Há razões para [as pessoas] aderirem maciçamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço”, disse.
A ex-candidata presidencial lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de “piquetes” informativos junto dos postos de combustível.
Dois movimentos apelam ao boicote ao consumo de combustíveis no início de Junho
26.05.2008 - 12h53 Lusa
O aumento do preço dos combustíveis está a motivar a organização de dois boicotes ao abastecimento nos postos de revenda nos três primeiros dias de Junho, com o objectivo de diminuir os lucros das empresas.
Um dos apelos ao boicote, que há semanas circula na Internet, pede aos automobilistas para não comprarem gasolina nos postos de combustível da Galp, BP e Repsol nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês.
“Vamos fazer a diferença!”, “Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes”, diz o texto do pedido de boicote referindo-se às três empresas. Os autores deste apelo sugerem a utilização de bombas de outras marcas, em alternativa àquelas três.
A ex-candidata presidencial Manuela Magno é autora de um outro boicote, mas total, apelando que nos três primeiros dias de Junho não seja feito qualquer abastecimento de combustível, seja qual for o posto.
Este pedido circula na Internet, mas também através de mensagens de telemóvel, disse à Lusa Manuela Magno, envolvida no processo de criação do Partido Respublica e Cidadania.
Falta de explicação dos preços é “inaceitável”
Manuela Magno explicou à Lusa que o boicote se deverá estender a todos os postos, dado que a quase totalidade é abastecida pela refinaria da Galp.
Na opinião desta activista, “seria já muito importante e muito significativo” se as quebras nas vendas de combustíveis rondassem em média os 50 por cento por dia.
“Há razões para [as pessoas] aderirem maciçamente ao protesto. É inaceitável que não haja uma explicação cabal que justifique o elevado preço dos combustíveis nem uma explicação de como se constrói o preço”, disse.
A ex-candidata presidencial lamentou que esteja a ser difícil a mobilização de pessoas para a constituição de “piquetes” informativos junto dos postos de combustível.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
COMBUSTÍVEIS: Dias 1, 2 e 3 de Junho BOICOTE TOTAL!
Dias 1, 2 e 3 de Junho BOICOTE TOTAL!
NÃO ABASTEÇA em NENHUM POSTO
ATENÇÃO: Circula um apelo para que nos dias 1, 2 e 3 de Junho NÃO se ABASTEÇA NA BP, GALP, REPSOL! e sugere-se que "Nesses dias abasteçam em outros postos de combustíveis tais como a Esso, Total, Continente (antigo Carrefour), Intermarché, Jumbo e Eleclerc!"
Cuidado, por exemplo, O INTERMARCHÉ compra os combustíveis na GALP!!!!!
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Resposta a um cidadão atento
Caro Hugo Lourenço,
Muito obrigada pelas questões, pertinentes, que nos coloca.
Tentaremos responder às suas questões, à luz da Constituição da República Portuguesa (CRP) e dos princípios orientadores do PRC.
1. “É pela criação de novos partidos que passa a mudança da realidade política e social portuguesa”?
Sim, mas não apenas!
De acordo com o Artigos 10º e 51º da CRP, a expressão da vontade popular e a organização do poder politico são feitas através de partidos políticos. [Lembro que apenas se podem candidatar às eleições legislativas e europeias cidadãos integrados em listas de partidos políticos].
A criação de novos partidos é importante na medida em que reflecte a vontade de um grande número de cidadãos descontentes com a actual situação, situação pela qual são responsáveis os ditos “partidos de governo”, e que, embora não se revendo em nenhum dos actuais partidos políticos, não se acomodam nem se resignam e desejam ser parte activa na procura de soluções para a mudança.
A mudança é possível se cada um de nós, individual ou colectivamente enquanto membro de associações [cívicas, de índole partidária ou não; sócio-culturais, tais como clubes desportivos ou associações artísticas; organizações não governamentais; organizações profissionais, etc], assumir uma postura activa, informando-se, reflectindo, argumentando, avançando proposta concretas e contribuindo, assim, para a construção da mudança. A cidadania como prática.
2. “Temo o risco de nos tornarmos num país multipartidário, fomentando mais a instabilidade política”.
O facto de muitos portugueses estarem unidos na crítica à forma como Portugal tem sido governado nos últimos anos, o que se manifesta, parcialmente, em:
- dois milhões de portugueses abaixo do limiar de pobreza,
- taxas de desemprego inaceitáveis,
- crescente insegurança de pessoas e bens,
- justiça lenta e cara e, portanto, “injusta”,
- insucesso escolar,
- aumento galopante dos combustíveis,
- ausência de transparência nas decisões políticas,
- inexistência de informação e debate político, nomeadamente nas questões da integração europeia, [O tratado de Lisboa deveria ter sido referendado],
- crescente fosso entre “eles”, os políticos, e “nós”, o povo,
não implica que estejamos todos de acordo quanto ao que deve ser feito e como deve ser feito.
O Partido Respublica e Cidadania quer motivar e envolver os cidadãos na procura de soluções construídas colectivamente, na certeza que a política se prende com a gestão da coisa pública de forma transparente, autêntica e solidária, no respeito pelo interesse do bem comum, sem clientelismos e rejeitando a promiscuidade entre o público e o privado.
O oposto de “multipartidário” é “partido único”. Espero que ao usar esse termo se quisesse referir a MUITOS partidos e não a “um apenas”.
O sistema democrático é multipartidário por natureza.
A instabilidade política não será fruto do número de partidos mas da qualidade dessas organizações.
Quantos mais partidos com representantes eleitos, menor a possibilidade da existência de maiorias absolutas de qualquer um deles. É fundamental saber governar sem maioria absoluta. A transparência politica associada à competência técnica, manifestada em propostas que respeitem e defendam a coisa pública - a respublica [i.e., o património histórico-cultural, o património geográfico-ambiental, e os recursos naturais e económicos comuns] - deve ser a prática politica normal. Cidadania como prática e com consciência pelo interesse público.
3. E se for pela criação de novos movimentos, será pela criação de dois ou três ou quatro movimentos/futuros partidos(?); ou será que uma vez unificados, a caminhar num mesmo sentido – mudar portugal – conseguiriam apresentar-se como uma alternativa mais digna aos portugueses e com verdadeira força para as muito próximas eleições?
A “unidade” de movimentos ou partidos políticos não é equivalente a “dignidade”. A dignidade reflecte a seriedade e boa-fé dos ditos movimentos ou partidos. O que nasce separado poderá, em função das semelhanças de princípios, de actuação e de propostas, vir a unir-se.
Quanto à “força” da alternativa, essa dependerá, não só das propostas de cada movimento/partido e da sua capacidade para se dar a conhecer, mas , em última instância, do número de cidadãos que as apoie.
4. Seria interessante realizarem algumas iniciativas, nomeadamente debates ou conferências, com estes movimentos para que cidadãos já descrentes, pudessem verdadeiramente verificar a importância destes novos movimentos.
Estamos totalmente de acordo com esta sugestão.
Muito obrigada pelas questões, pertinentes, que nos coloca.
Tentaremos responder às suas questões, à luz da Constituição da República Portuguesa (CRP) e dos princípios orientadores do PRC.
1. “É pela criação de novos partidos que passa a mudança da realidade política e social portuguesa”?
Sim, mas não apenas!
De acordo com o Artigos 10º e 51º da CRP, a expressão da vontade popular e a organização do poder politico são feitas através de partidos políticos. [Lembro que apenas se podem candidatar às eleições legislativas e europeias cidadãos integrados em listas de partidos políticos].
A criação de novos partidos é importante na medida em que reflecte a vontade de um grande número de cidadãos descontentes com a actual situação, situação pela qual são responsáveis os ditos “partidos de governo”, e que, embora não se revendo em nenhum dos actuais partidos políticos, não se acomodam nem se resignam e desejam ser parte activa na procura de soluções para a mudança.
A mudança é possível se cada um de nós, individual ou colectivamente enquanto membro de associações [cívicas, de índole partidária ou não; sócio-culturais, tais como clubes desportivos ou associações artísticas; organizações não governamentais; organizações profissionais, etc], assumir uma postura activa, informando-se, reflectindo, argumentando, avançando proposta concretas e contribuindo, assim, para a construção da mudança. A cidadania como prática.
2. “Temo o risco de nos tornarmos num país multipartidário, fomentando mais a instabilidade política”.
O facto de muitos portugueses estarem unidos na crítica à forma como Portugal tem sido governado nos últimos anos, o que se manifesta, parcialmente, em:
- dois milhões de portugueses abaixo do limiar de pobreza,
- taxas de desemprego inaceitáveis,
- crescente insegurança de pessoas e bens,
- justiça lenta e cara e, portanto, “injusta”,
- insucesso escolar,
- aumento galopante dos combustíveis,
- ausência de transparência nas decisões políticas,
- inexistência de informação e debate político, nomeadamente nas questões da integração europeia, [O tratado de Lisboa deveria ter sido referendado],
- crescente fosso entre “eles”, os políticos, e “nós”, o povo,
não implica que estejamos todos de acordo quanto ao que deve ser feito e como deve ser feito.
O Partido Respublica e Cidadania quer motivar e envolver os cidadãos na procura de soluções construídas colectivamente, na certeza que a política se prende com a gestão da coisa pública de forma transparente, autêntica e solidária, no respeito pelo interesse do bem comum, sem clientelismos e rejeitando a promiscuidade entre o público e o privado.
O oposto de “multipartidário” é “partido único”. Espero que ao usar esse termo se quisesse referir a MUITOS partidos e não a “um apenas”.
O sistema democrático é multipartidário por natureza.
A instabilidade política não será fruto do número de partidos mas da qualidade dessas organizações.
Quantos mais partidos com representantes eleitos, menor a possibilidade da existência de maiorias absolutas de qualquer um deles. É fundamental saber governar sem maioria absoluta. A transparência politica associada à competência técnica, manifestada em propostas que respeitem e defendam a coisa pública - a respublica [i.e., o património histórico-cultural, o património geográfico-ambiental, e os recursos naturais e económicos comuns] - deve ser a prática politica normal. Cidadania como prática e com consciência pelo interesse público.
3. E se for pela criação de novos movimentos, será pela criação de dois ou três ou quatro movimentos/futuros partidos(?); ou será que uma vez unificados, a caminhar num mesmo sentido – mudar portugal – conseguiriam apresentar-se como uma alternativa mais digna aos portugueses e com verdadeira força para as muito próximas eleições?
A “unidade” de movimentos ou partidos políticos não é equivalente a “dignidade”. A dignidade reflecte a seriedade e boa-fé dos ditos movimentos ou partidos. O que nasce separado poderá, em função das semelhanças de princípios, de actuação e de propostas, vir a unir-se.
Quanto à “força” da alternativa, essa dependerá, não só das propostas de cada movimento/partido e da sua capacidade para se dar a conhecer, mas , em última instância, do número de cidadãos que as apoie.
4. Seria interessante realizarem algumas iniciativas, nomeadamente debates ou conferências, com estes movimentos para que cidadãos já descrentes, pudessem verdadeiramente verificar a importância destes novos movimentos.
Estamos totalmente de acordo com esta sugestão.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Maio Maduro Maio
Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
Zeca Afonso
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
Zeca Afonso
terça-feira, 29 de abril de 2008
Notícia da Lusa
Novos partidos: Movimentos cívicos querem "renovar o panorama político português" (para ler)
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Arreganhar o dente
"O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente
Gente que seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente
Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente
O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente"
Ana Hatherly
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente
Gente que seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente
Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente
O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente"
Ana Hatherly
Subscrever:
Mensagens (Atom)